Graça e Paz!
Sabemos de muitos exageros que houveram em nossa nação, com relação a “honrar seus pastores”, mas isso não invalida a orientação de que devemos honrar os que ministram entre nós e que “são merecedores de dobrados honorários” (1 Timóteo 5:17). Afinal, todo trabalhador é digno do seu salário.
Muitos pastores tem sofrido muitas dificuldades financeiras, seja por desinformação, má gestão dos recursos, ou até mesmo, por diretorias mesquinhas que não suportam ver o pastor abençoado ou tendo um ganho maior do que elas. O fato é que muitos sofrem com salários baixos, renda insuficiente proporcionada por sua igreja e ausência completa de benefícios!
Portanto, converse com sua diretoria ou a igreja e exponha o seguinte:
- SALÁRIO
A igreja está honrando o pastor um salário digno (*) para sustentar sua família e filhos? Esta remuneração está sendo reajustada anualmente, pelos índices de inflação? - FGTM
A igreja está pagando o FGTM do pastor? - GRATIFICAÇÃO
A igreja está oferecendo uma gratificação ao final do ano? - FÉRIAS
A igreja está preparando um período de férias ao seu pastor e exigindo que ele tenha o seu tempo de descanso para que no futuro não tenha um pastor doente, cansado e estressado? - SAÚDE
A igreja está cuidando para que seu pastor faça exames anuais de saúde e pratique exercícios físicos? - PASTOREIO DE PASTORES
A igreja está incentivando o seu pastor a estar envolvido no projeto de pastoreio de pastores promovido pela ORMIBAN, e sabe se o seu pastor está, de fato, envolvido?
(*) Entenda por digno:
– o contexto local (físico): O custo de vida na capital de São Paulo é muito maior do que uma cidade no interior ou outra capital brasileira.
– a capacidade da igreja local: Faça uma média dos 10 maiores salários dos membros da igreja!
– as necessidades do pastor: um pastor com filhos pequenos ou que estudam, com certeza terão mais necessidades.
– as qualificações do pastor que trazem real benefício para a igreja: muitos pastores apresentam currículo com centenas de cursos, mas que não agregam nada. Mas alguns pastores são diferenciados, pela dedicação à Palavra e à oração, pelas habilidades, pelos dons e pelo desejo de servir. Isto também deve ser levado em conta.
Havendo possibilidade financeira da igreja, sugerimos que a igreja:
1) Pague um plano de saúde e seguro de vida para o seu pastor e esposa.
2) Pague o INSS do seu pastor!
É certo que muitos dirão que as suas igrejas não tem condições de oferecer tudo isso ao seu pastor! Mas é certo, também, que a viúva que entregou seu último punhado de farinha e óleo ao profeta, nunca mais teve falta de óleo e farinha! Muitos gastam dinheiro em estrutura, prédios, construções e reformas!.
Muitos preferem ter vários obreiros recebendo ajuda financeira e o próprio pastor abre mão do seu salário. A igreja não deveria aceitar isto. No longo prazo, a família pastoral vai sofrer, o pastor terá que buscar sustento com outra fonte de renda e os filhos nunca terão vontade de se tornarem pastores porque seus pais não eram valorizados.
Em qualquer organização moderna, qualquer pessoa busca um trabalho que ofereça benefícios. O pastor não está no ministério pelos benefícios, mas se amamos o Senhor e amamos a Igreja, devemos também ensinar a Igreja a amar o seu pastor e cuidar bem Dele.
Pastores, diretorias de igrejas, grupos diaconais, líderes de célula ou de qualquer ministério: Ensine os seus liderados e membros a honrarem o homem de Deus que sofre, trabalha, chora e gasta a sua vida para que você alcance a salvação da sua alma: o seu pastor.
Quanto às igrejas em regiões de muita pobreza e poucos recursos, comece a praticar estes princípios, mesmo com poucos recursos, ensinando a igreja com fidelidade. Nunca cometa o erro de dizer: a igreja é pobre, tem irmãos pobres e por isso não ensina sobre dízimos e ofertas. Um povo pobre se torna rico, quando se torna igreja obediente e fiel aos princípios da Palavra.
Em todas estas instruções, busque sabedoria e conselho, administre com eficiência os recursos e coloque em ordem as prioridades. Assim, terá a benção de Deus, tanto o pastor, quanto a igreja!

Presidente da CBN